terça-feira, 18 de novembro de 2008

Testemunho

De: lucimeire (m@hotmail.com) Enviada: segunda-feira, 1 de setembro de 2008 5:06:30 Para: Sueli Nonato (sweli30@hotmail.com)

Estou contente com a pequena mudança do Gabriel até eu já estava ficando desanimada é muito difícil levar alguma coisa adiante quando não se vê resultado. E agora estou conseguindo enxergar algumas mudanças, ele continua com dificuldades na aprendizagem, mas em relação à escola, o ambiente escolar, os professores ele esta se mostrando mais maleável eu acredito que é você com suas atitudes que está fazendo ele mudar, as vezes ele mesmo percebe que não está falando mais como antes e tenta voltar atrás, porque acho que inconscientemente não quer mudar, mas ele está mudando e só eu sei como porque só Deus sabe como é difícil por alguma coisa na cabeça dele .Eu sempre senti no meu coração que pra ele melhorar com as matérias primeiro teria que melhorar seus sentimentos com relação a tudo que envolve a escola (professor ,diretor,inspetores e principalmente os outros alunos)e você está conseguindo isto. Sei que será demorado, mas está conseguindo acredito que o mais difícil é a relação professor e alunos, com professores alguma coisinha já esta se transformando agora vai ver com os colegas quando o milagre acontecerá, pois já tentei tanta conversar e nunca funcionou. Eu vejo nos olhos dele quando fala alguma coisa MEDO que ele não quer sentir e por isso reage de forma contrária como se mostrasse superior mais forte. Desculpe se estou te pertubando com essas coisas, mas você me passa confiança e gostaria de se abrir com alguém que pode entender um pouquinho daquilo que eu sinto e vejo, já que você também está aprendendo a conhecer ele a cada dia. Este fim de semana foi legal porque ele me pediu pra comprar uma coisa pra você. Ele nunca quis dar nada pra professor nenhum, nunca deixou que eu comprasse nenhuma lembrancinha desde o pré para professora e quando eu comprava no dia dos professores ele falava que quem tinha que entregar era eu, porque ele não queria dar nada pra ninguém,porque nenhum professor gostava dele,fora isto ele fez outras coisas também que demonstrou mudanças com outros professores é claro que ele relutará quando perceber mas ....enfim..... ESTOU FELIZ OBRIGADA VOCÊ ESTÁ CONSEGUINDO.!!!!! Relato da Lucimeire, Mãe do paciente Gabriel (Fez questão de mostrar seus nomes).

domingo, 19 de outubro de 2008

Aulas na Facul.....

As aulas na Faculdade são sempre prazerosas, saio de lá com um sorriso nos lábios, pois o retorno é imediato. Hoje fui ministrar aula num lugar bem longe, madruguei, levantei às 5 hs e fui para Osasco, mas valeu! Curso de Pós graduação: Psicopedagogia Institucional - Psicomotricidade (aula). A aula foi maravilhosa (dinâmicas,atividades lúdicas, etc) as alunas participaram de maneira plena (cantaram,andaram com bexigas, atravessaram o rio com jornal, etc) foi um enorme prazer trabalhar com elas. As aulas na Faculdade é sempre um prazer! A vida é feita de pequenas e grandes alegrias.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Escola tradicional

A escola tradicional O professor: Passa a maior parte do tempo explanando sobre a disciplina, falando e fazendo anotações no quadro-negro O aluno : Fica em silêncio, ouvindo as explanações do professor e fazendo anotações em seus cadernos A disposição da sala: O professor permanece em pé, diante dos alunos, junto ao quadro. Os alunos ficam sentados em carteiras individuais, separados em fila As atividades : Além de ouvir a lição do professor, o aluno responde a perguntas ou faz exercícios em livros e cadernos. As atividades práticas ficam condicionadas a horários e locais predeterminados Recursos pedagógicos: Em classe, são utilizados cadernos, livros, quadro-negro e mapas, slides etc. Para usar outros recursos, os alunos costumam vão (em horários e dias específicos) para laboratórios de informática ou ciências, ou para uma sala de artes O tempo: O ensino é restrito ao horário escolar, isto é, à duração das aulas. Quando deixa a escola, o aluno estuda por conta própria ou completa uma tarefa elaborada previamente pelo professor

A Escola Inteligente

A Escola Inteligente O professor: Na maior parte do tempo, propõe problemas para os alunos, coordena debates e orienta as pesquisas dos estudantes. Resume a aula expositiva ao mínimo necessário O aluno: É desafiado constantemente a solucionar problemas, pesquisar, criticar e debater temas ligados à disciplina. A conversa entre os colegas não só é permitida como estimulada A disposição da sala: O professor fica circulando entre os alunos, verificando o andamento dos debates ou da pesquisa, tirando dúvidas e dando orientações. Os alunos sentam-se em mesas de três lugares para estimular atividades em grupo As atividades: Os estudantes assumem o papel de pesquisadores, em vez de ouvintes. Passam a maior parte do tempo buscando respostas, debatendo e avaliando o trabalho de outros colegas Recursos pedagógicos: Na mesma sala, há computadores, material de laboratórios de ciências e recursos da sala de artes. O professor pode estimular os alunos a encontrar um tipo de relevo num programa de mapas na internet e sugerir que eles reproduzam aquele tipo de terreno utilizando material como papel, massa e tinta O tempo: A aprendizagem não se limita à escola. Pela internet, em qualquer horário, o estudante pode participar de chats ou fóruns com os colegas, acessar materiais elaborados pelo professor e publicar o resultado de seus próprios estudos

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

II Simpósio Internacional de Psicopedagogia na UNIP

Palestras com: Dr. Vitor da Fonseca(Portugal): "Desenvolvimento da Inteligência e Avaliação Psicopedagógica Dinâmica; Alessandra Capovilla: "Instrumentos para avaliação de distúrbios de aprendizagem"; Lino de Macedo e Nádia Bossa: "Instrumentos diagnósticos e intervenção: novas práticas em psicopedagogia; Maria Tereza Andion:Oficina: "O jogo de Areia à luz da Teoria Piagetiana"; Dr. Vicente José Assencio e Dra.Claudia Berlim "O desenvolvimento neurológico e a aprendizagem: Possibilidades de avaliações de neurociências para o psicopedagogo."

Autógrafos e fotos

Autora de vários livros, dentre eles : "A Inteligência Aprisionada"
Olha a tietagem....
Foi demais....

Palestra com Alícia Fernandéz

Um dos nomes mais
importantes da
Psicopedagogia na Argentina
e no mundo.
Tema: Autorias Vocacionales

Simpósio Internacional de Psicopedagogia

O Simpósio aconteceu nos dias 5 e 6 de setembro de 2008, na Unip (Paraíso) SP. Eu ao lado da Presidente da ABPP Dr. Quezia, uma simpatia.... Foi um grande aprendizado e muitas novidades....

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

II ENCONTRO DE QUALIDADE DE VIDA

Palestra sobre a Psicopedagogia no dia 24/08/2008 no bunkyo ou Associação Comercial Suzanense.
Faço Palestras já há alguns anos, mas sempre em escolas, com colegas de trabalho, aqui foi diferente, público desconhecido (além da presença da família, amigas e alunos) o que gerou um pouco de desconforto até acontecer.
O que foi mais prazeroso além de ministrar essa Palestra foram os elogios recebidos por todos, foi um sucesso!
Agradeço a presença de todos, especialmente dos meus aluninhos queridos.
Obrigada.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Eu e a Fabiana no auditório.....

Palestras....

Eu ao lado da diretora da ABPP (Associação Brasileira de Psicopedagogia) - da Dra. Ma. Irene Maluf.
Participei de várias Palestras, tais como: Mapas Mentais, Desatenção: Um Sintoma, Um Transtorno ou Uma Manifestação Secundária?( Prof. Ms. Dr. Rubens Wajnztein(Neurologista); Intervenção Em Psicopedagogia (Profª Ms. Júlia E. Gonçalves); Neuropsicologia(Profª Dra. Katia O. P.); Psicopedagogia Hospitalar(Drz. Ma. Irene Maluf); Questões Familiares nas Patologias do Não Aprender(Dra. Quezia Bombonatto); Educação Da Afetividade através do Cinema(Prof. Dr. Pablo G. Blasco, etc...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Congresso de Psicopedagogia...

Eu e a Fabiana(Psicóloga) felizes por estar participando do Congresso num lugar tão distante...

VII Congresso de Neuropsicologia e Aprendizagem; V Seminário de Saúde Ambiental: Ambiente e Desenvolvimento Humano; II Congresso Internacional de Desenvolvimento Infanto-Juvenil; I Congresso de Neuropsicologia da Abranep; I Jornada Internacional do Sono.

Centro de Convenções de Ribeirão Preto

Congresso Interdisciplinar: Saúde, Educação e Saúde - Interclínicas, Poços de Caldas, MG.
Realizou-se nos dias: 12,13,14 de junho, em Ribeirão Preto.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Distúrbios e Transtornos

Dislexia

A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita, normalmente detectado a partir da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura de textos. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar letras com bastante dificuldade e sem sucesso. Porém se a criança estiver diante de pais ou professores especialistas a dislexia poderá ser detectada mais precocemente, pois a criança desde pequena já apresenta algumas características que denunciam suas dificuldades, tais como: - - Demora em aprender a segurar a colher para comer sozinho, a fazer laço no cadarço do sapato, pegar e chutar bola. - - Atraso na locomoção. - - Atraso na aquisição da linguagem. - - Dificuldade na aprendizagem das letras. A criança dislexa possui inteligência normal ou muitas vezes acima da média. Sua dificuldade consiste em não conseguir identificar símbolos gráficos (letras e/ou números) tendo como conseqüência disso a dificuldade na leitura e escrita. A dislexia normalmente é hereditária. Estudos mostram que dislexos possuem pelo menos um familiar próximo com dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita. O distúrbio envolve percepção, memória e análise visual. A área do cérebro responsável por estas funções envolve a região do lobo occipital e parietal. O dislexico geralmente demonstra insegurança e baixa auto-estima, sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas. Tratamento e orientações: - O tratamento deve ser realizado por um especialista ou alguém que tenha noções de ajuda ao dislexico. Deve ser individual e freqüente. Durante o tratamento deve-se usar material estimulante e interessante. - Ao usar jogos e brinquedos empregar preferencialmente os que contenham letras e palavras. - Reforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto relevo, com diferentes texturas e cores. É interessante que ele percorra o contorno das letras com os dedos para que aprenda a diferenciar a forma da letra. - Deve-se iniciar por leituras muito simples com livros atrativos, aumentando gradativamente conforme seu ritmo. - Não exigir que faça avaliação de outra língua. Deve-se dar mais importância na superação de sua dificuldade do que na aprendizagem de outra língua. - O tratamento psicológico não é recomendado a não ser nos casos de graves complicações emocionais. - Substituir o ensino através do método global (já que não consegue perceber o todo), por um sistema mais fonético. - Não estimule a competição com colegas nem exija que ele responda no mesmo tempo que os demais. - Oriente o aluno para que escreva em linhas alternadas, para que tanto ele quanto o professor possa entender o que escreveu e poder corrigi-los. - Quando a criança não estiver disposta a fazer a lição em um dia ou outro não a force. Procure outras alternativas mais atrativas para que ele se sinta estimulado. - Nunca critique negativamente seus erros. Procure mostrar onde errou, porque errou e como evitá-los. Mas atenção: não exagere nas inúmeras correções, isso pode desmotivá-lo. Procure mostrar os erros mais relevantes. - Peça que os pais releiam o diário de classe sem criticá-los por não conseguir fazê-lo, pois a criança pode esquecer o que foi pedido e/ou não conseguir ler as instruções.

Bibliografia:
CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. (1989). Dislexia; manual de leitura corretiva. 3ª ed. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas. ELLIS, Andrew W. (1995). Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. 2 ed. Tradução de Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas. JOSÉ, Elisabete da Assunção José & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 12ª edição, São Paulo: Ática.

Distúrbios e Transtornos

Disartria
Tem como característica principal a fala lenta e arrastada devido a alterações dos mecanismos nervosos que coordenam os órgãos responsáveis pela fonação. A disartria de origem muscular é resultante de paresia, paralisia ou ataxia dos músculos que intervêm nesta articulação. A disartria pode ter origem em lesões no sistema nervoso o que altera o controle dos nervos provocando uma má articulação. Podemos encontrar a disatria em pessoas que sofrem de paralisia periférica do nervo hipoglosso (duodéssimo par dos nervos cranianos. Inerva os músculos da língua) pneumogástrico (nervo vago ou décimo par craniano que inerva a laringe, pulmões, esôfago, estômago e a maioria das vísceras abdominais) e facial. Em pessoas que apresentam esclerose, intoxicação alcoólica, com tumores (malignos ou benignos) no cérebro, cerebelo ou tronco encefálico, traumatismos crânio-encefálicos. No caso de lesões cerebrais, os exames clínicos mostram que as alterações não se manifestam isoladamente estando associada geralmente a outros distúrbios tais como gnósio-apráxicos ou transtornos disfásicos.
Bibliografia: JOSÉ, Elisabete da Assunção José & COELHO, Maria Teresa.
Problemas de Aprendizagem. 12ª edição, São Paulo: Ática. http://www.mps.com.br/InfoServ/renascer/neurologia.htm http://www.psiqweb.med.br/cursos/linguag.html

Distúrbios e Transtornos

Disortografia Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com os sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo. Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de uma disortografia. A característica principal de um sujeito com disortografia são as confusões de letras, sílabas de palavras, e trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor.
Caraterísticas:
- - Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta. - - Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão. - - Adições: ventitilador. - - Omissões: cadeira/cadera, prato/pato. - - Fragmentações: en saiar, a noitecer. - - Inversões: pipoca/picoca. - - Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.
Orientações: Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto, números, famílias silábicas. Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar. Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.

domingo, 25 de maio de 2008

Distúrbios e Transtornos

Disgrafia
A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível. Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.
Características: - - Lentidão na escrita. - - Letra ilegível. - - Escrita desorganizada. - - Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves. - - Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial. - - Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha. - - Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo). - - Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida. - - O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares. - - Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima.
Tipos:
Podemos encontrar dois tipos de disgrafia: - Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever - Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.
Tratamento e orientações:
O tratamento requer uma estimulação lingüística global e um atendimento individualizado complementar à escola. Os pais e professores devem evitar repreender a criança. Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista. Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral. Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas. Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.

sábado, 12 de abril de 2008

Distúrbios e transtornos

» Discalculia:
A matemática para algumas crianças ainda é um bicho de sete cabeças. Muitos não compreendem os problemas que a professora passa no quadro e ficam muito tempo tentando entender se é para somar, diminuir ou multiplicar; não sabem nem o que o problema está pedindo. Alguns, em particular, não entendem os sinais, muito menos as expressões. Contas? Só nos dedos e olhe lá. Em muitos casos o problema não está na criança, mas no professor que elabora problemas com enunciados inadequados para a idade cognitiva da criança. Carraher afirma que: “Vários estudos sobre o desenvolvimento da criança mostram que termos quantitativos como “mais”, “menos”, maior”, “menor” etc. são adquiridos gradativamente e, de início, são utilizados apenas no sentido absoluto de “o que tem mais”, “o que é maior” e não no sentido relativo de “ ter mais que” ou “ser maior que”. A compreensão dessas expressões como indicando uma relação ou uma comparação entre duas coisas parece depender da aquisição da capacidade de usar da lógica que é adquirida no estágio das operações concretas”...”O problema passa então a ser algo sem sentido e a solução, ao invés de ser procurada através do uso da lógica, torna-se uma questão de adivinhação” (2002, p. 72). No entanto, em outros casos a dificuldade pode ser realmente da criança e trata-se de um distúrbio e não de preguiça como pensam muitos pais e professores desinformados. Em geral, a dificuldade em aprender matemática pode ter várias causas. De acordo com Johnson e Myklebust, terapeutas de crianças com desordens e fracassos em aritmética, existem alguns distúrbios que poderiam interferir nesta aprendizagem: ·Distúrbios de memória auditiva: - A criança não consegue ouvir os enunciados que lhes são passados oralmente, sendo assim, não conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria para resolver os problemas matemáticos. - Problemas de reorganização auditiva: a criança reconhece o número quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar do número com rapidez. ·Distúrbios de leitura: - Os dislexos e outras crianças com distúrbios de leitura apresentam dificuldade em ler o enunciado do problema, mas podem fazer cálculos quando o problema é lido em voz alta. É bom lembrar que os dislexos podem ser excelentes matemáticos, tendo habilidade de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos, podendo resolver cálculos mentalmente mesmo sem decompor o cálculo. Podem apresentar dificuldade na leitura do problema, mas não na interpretação. - Distúrbios de percepção visual: a criança pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5 por exemplo. Por não conseguirem se lembrar da aparência elas têm dificuldade em realizar cálculos. ·Distúrbios de escrita: - Crianças com disgrafia têm dificuldade de escrever letras e números. Estes problemas dificultam a aprendizagem da matemática, mas a discalculia impede a criança de compreender os processos matemáticos. A discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que causa a dificuldade na matemática. Este transtorno não é causado por deficiência mental, nem por déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização, por isso é importante não confundir a discalculia com os fatores citados acima. O portador de discalculia comete erros diversos na solução de problemas verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na compreensão dos números. Kocs (apud García, 1998) classificou a discalculia em seis subtipos, podendo ocorrer em combinações diferentes e com outros transtornos: 1. Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações. 2. Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente. 3. Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos. 4. Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos. 5. Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos. 6. Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos. Na área da neuropsicologia as áreas afetadas são: ·Áreas terciárias do hemisfério esquerdo que dificulta a leitura e compreensão dos problemas verbais, compreensão de conceitos matemáticos; ·Lobos frontais dificultando a realização de cálculos mentais rápidos, habilidade de solução de problemas e conceitualização abstrata. ·Áreas secundárias occípito-parietais esquerdos dificultando a discriminação visual de símbolos matemáticos escritos. ·Lobo temporal esquerdo dificultando memória de séries, realizações matemáticas básicas. Os processos cognitivos envolvidos na discalculia são: 1. Dificuldade na memória de trabalho; 2. Dificuldade de memória em tarefas não-verbais; 3. Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefas de escrita); 4. Não há problemas fonológicos; 5. Dificuldade na memória de trabalho que implica contagem; 6. Dificuldade nas habilidades visuo-espaciais; 7. Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-táteis. Quais os comprometimentos? ·Organização espacial; ·Auto-estima; ·Orientação temporal; ·Memória; ·Habilidades sociais; ·Habilidades grafomotoras; ·Linguagem/leitura; ·Impulsividade; ·Inconsistência (memorização). Ajuda do professor: O aluno deve ter um atendimento individualizado por parte do professor que deve evitar: ·Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais; ·Mostrar impaciência com a dificuldade expressada pela criança ou interrompê-la várias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer dizer completando sua fala; ·Corrigir o aluno freqüentemente diante da turma, para não o expor; ·Ignorar a criança em sua dificuldade. Dicas para o professor: · Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido; · Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar; · Proponha jogos na sala; · Não corrija as lições com canetas vermelhas ou lápis; · Procure usar situações concretas, nos problemas. Ajuda do profissional: Um psicopedagogo pode ajudar a elevar sua auto-estima valorizando suas atividades, descobrindo qual o seu processo de aprendizagem através de instrumentos que ajudarão em seu entendimento. Os jogos irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem. Recomenda-se pelo menos três sessões semanais. O uso do computador é bastante útil, por se tratar de um objeto de interesse da criança. O neurologista irá confirmar, através de exames apropriados, a dificuldade específica e encaminhar para tratamento. Um neuropsicologista também é importante para detectar as áreas do cérebro afetadas. O psicopedagogo, se procurado antes, pode solicitar os exames e avaliação neurológica ou neuropsicológica. O que ocorre com crianças que não são tratadas precocemente? ·Comprometimento do desenvolvimento escolar de forma global ·O aluno fica inseguro e com medo de novas situações ·Baixa auto-estima devido a críticas e punições de pais e colegas ·Ao crescer o adolescente / adulto com discalculia apresenta dificuldade em utilizar a matemática no seu cotidiano. Cuidado!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Minha sala ....

Que é psicopedagogia?

A Psicopedagogia é um campo do conhecimento em Educação e Saúde que se ocupa do educando em seu processo de ensino-aprendizagem. Pode-se dizer que o psicopedagogo é um “clínico geral”, pois leva em conta, com o mesmo grau de importância, tanto os aspectos físicos como os psicológicos e os sociais. A intervenção psicopedagógica implica em um trabalho terapêutico (clínico) ou preventivo (institucional).

Qual é a formação do psicopedagogo?

É o profissional com graduação em Pedagogia ou em áreas da saúde e da educação que tem especialização em Psicopedagogia através do curso de Pós-Graduação Lato Sensu.

Quem deve indicar a avaliação psicopedagógica?

A avaliação psicopedagógica geralmente é indicada pela escola. A indicação também ocorre por psicólogos, pediatras, neurologistas, fonoaudiólogos e profissionais afins. Em alguns casos os próprios pais procuram o atendimento psicopedagógico por sentirem-se apreensivos e ansiosos com o desempenho escolar de seus filhos.

Como ocorre a avaliação psicopedagógica clínica?

No primeiro encontro com o especialista, os pais expõem a queixa e relatam o desenvolvimento do filho até o presente momento. Os dados coletados neste encontro oferecem pistas para a avaliação. Depois o especialista realiza algumas sessões com o educando nas quais faz a avaliação psicopedagógica propriamente dita.

Com o término da avaliação o especialista faz a devolutiva da mesma para os pais e orienta-os sobre a intervenção mais adequada.

A partir de que idade pode-se fazer uma avaliação psicopedagógica?

A avaliação psicopedagógica é recomendada em qualquer época da vida escolar em que as dificuldades do aluno sejam perseverantes e prejudiquem o processo do ensino-aprendizagem.

Há distinção entre o acompanhamento psicopedagógico e a aula particular?

Sim. O professor particular trabalha basicamente com os conteúdos escolares, já o psicopedagogo trabalha com as habilidades que envolvem questões cognitivas, afetivas,psicomotoras e lingüísticas necessárias para que o alunocompreenda os conteúdos escolares.
O olhar do psicopedagogo é um constante desvendar dos conteúdos específicos, sem deixá-los de lado, buscando abstrair dos mesmos, conceitos implícitos, mecanismos operatórios e, sobretudo a maneira como se dá a construção desse conhecimento, assim como seus vínculos afetivos.
Como é o processo de acompanhamento do psicopedagogo?
Ele observará: · Distúrbios de leitura e escrita. · A Psicomotricidade. · Percepção e discriminação visual e auditiva. · Coordenação global, fina e óculo-manual. · A função simbólica dentro do desenvolvimento psicomotor. · Percepção espacial. · Orientação e relação espaço-temporal. · Aquisição e articulação de sons e palavras novas. · Elaboração e organização mental. · Atenção e concentração. · Raciocínio lógico. · Percepção pessoal e familiar, · Construção cognitiva, · Construção de vínculos afetivos, sociais e escolar.
Qual é o objetivo do trabalho psicopedagógico?
· Favorecer, auxiliar aqueles indivíduos que se sentem impedidos para o saber. · Auxiliar indivíduos com transtornos de aprendizagem. · Reintegrar o sujeito da aprendizagem a uma vida escolar e social tranqüila, bem como, a uma relação mais afetiva consigo e com o outro. · Levar o indivíduo ao reconhecimento de suas potencialidades. · Auxiliar o indivíduo no reconhecimento dos limites e como interagir diante deles. · Ajudar o indivíduo na busca de alternativas para alcançar o saber. · Resignificar conceitos que influenciam o indivíduo no momento do aprender.
TDAH
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
O indivíduo que tem TDAH (DDA), é inteligente, criativo e intuitivo mas não consegue realizar todo seu potencial em função do transtorno que tem três características principais: desatenção, impulsividade e hiperatividade (ou energia nervosa). Tem dificuldade em assistir uma palestra, ler um livro, sem que sua cabeça “voe” para bem longe perdida num turbilhão de pensamentos. Comete erros por falta de atenção a detalhes, faz várias coisas simultaneamente, ficando com vários projetos, tarefas por terminar e a cabeça remoendo todos os "tenho que". Quando motivado e/ou desafiado, tem uma hiperconcentração. É desorganizado tanto internamente (mil pensamentos e idéias ao mesmo tempo), como externamente: mesa, gavetas, papéis, prazos, horários... A impulsividade domina seu comportamento. Pode falar, comer, comprar, trabalhar, ficar em salas de bate papo da Internet, beber, jogar... compulsivamente. Fala e/ou faz o que lhe vem na cabeça sem pensar se é adequado ou não, podendo causar muitos estragos. Costuma ser impaciente, irritadiço, "pavio curto" e com alterações de humor. Muda com facilidade de metas, planos... é comum ter mais de um casamento ou relacionamento estável. O TDAH (DDA) é um transtorno neurobiológico crônico, na sua grande maioria de origem genética. Apesar do TDAH (DDA) atingir até 6% da população, é até hoje muito desconhecido, inclusive por muitos profissionais da saúde, que tratam apenas das suas conseqüências. A falta do diagnóstico e tratamento correto geram grandes prejuízos na vida profissional, social, pessoal e afetiva do indivíduo sem que ele saiba o porquê. Sem tratamento, outros distúrbios vão se associando (comorbidades), a auto-estima fica cada vez mais comprometida, e a pessoa vai se isolando do mundo, sentindo-se muitas vezes um "estranho fora do ninho".
Sueli S. Nonato

Professora e Psicopedagoga
rua: baruel, 544, sala 96,
centro - Suzano - SP.
(011) 6652 - 9469
Somente com hora marcada.

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NO TRATAMENTO  DE AUTISTAS Dentre as diversas formas terapêuticas as quais uma criança a...