sábado, 8 de dezembro de 2012

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Deficientes auditivos

O artigo a seguir é uma tradução do idioma Inglês: WebAIM - Auditory Disabilities.

Tipos de Deficiência Auditiva


De certa forma, o conteúdo desta seção é mais do que você precisa saber a fim de tornar o conteúdo web acessível a pessoas que são surdas ou possuem "Audição difícil"; mas está incluído em nosso contexto na esperança de que a maior compreensão e acesso a informações aumente a apreciação e maior compromisso para que mais pessoas possam fornecer conteúdo que seja acessível a eles também.

Importante

Perceptível: porque deficientes auditivos não podem perceber (ouvir) conteúdo em áudio

Gostaria também de salientar que o uso do termo "Deficiência" no título desta seção é uma escolha controversa, considerando a atitude de muitas pessoas da Comunidade Surda. Mais do que quaisquer dos outros grupos de indivíduos comumente chamados de "deficientes", aqueles que são surdos são muito menos inclinados a pensar em sua condição como uma Deficiência. Ainda assim, tenho propositadamente mantida a palavra "Deficiência" nesta seção, não para provocar controvérsia, mas para sublinhar o fato de que aqueles que são surdos não podem ouvir conteúdos de áudio, e este é o ponto crítico que os desenvolvedores web devem lembrar.

Surdez não é uma condição de "tudo ou nada". Embora existam pessoas que são completamente surdas, há também pessoas com diversos graus de perda auditiva funcional. Graus de perda auditiva muitas vezes são classificados como leve, moderada, grave, profunda. Habitualmente, aqueles que se dizem surdos têm a perda auditiva severa ou profunda. Aqueles com menor grau de perda auditiva são comumente referidos como Audição difícil.

Graus de perda auditiva


Perda Auditiva Leve:

A incapacidade de ouvir sons abaixo de 30 decibéis. Discursos podem ser de difícil Audição especialmente se estiverem presentes ruídos de fundo.

Perda Auditiva Moderada:

A incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 50 decibéis. Aparelho ou prótese auditiva pode ser necessária.

Perda Auditiva Severa:

A incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 80 decibéis. Próteses auditivas são úteis em alguns casos, mas são insuficientes em outros. Alguns indivíduos com perda auditiva severa se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros contam com uso das técnicas de leitura labial.

Perda Auditiva Profunda:

A ausência da capacidade de ouvir, ou a incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 95 decibéis. Tal como aqueles com perda auditiva severa, alguns indivíduos com perda auditiva profunda se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros com uso das técnicas de leitura labial.

Classificações da perda de Audição


Surdez por perda Condutiva é o resultado de dano ou bloqueio das partes móveis do ouvido. Os ossos saudáveis de uma orelha interna, os ossículos: martelo, bigorna e estribo vibrão em resposta a sons. Certas doenças ou lesões podem levar á incapacidade destes ossos vibrarem adequadamente, impedindo a detecção das informações sonoras.

Surdez do nervo (Surdez Da Cóclea ou do Nervo Auditivo ) ocorre quando o nervo auditivo está danificado, impedindo assim a obtenção de informações auditivas para o cérebro. Os ossos do ouvido interno podem vibrar corretamente mas os nervos são incapazes de transmitir essa informação adequada mente para o cérebro.

Som alto - perda auditiva é como o próprio nome indica, a perda da capacidade de ouvir tons altos. Uma das mais importantes consequências sociais é que vozes femininas são mais difíceis de compreender.

Som baixo - perda auditiva é a incapacidade de ouvir tons baixos. Vozes masculinas são difíceis de ouvir e entender.

Surdo e Cego é a condição onde ocorrem ambos as condições para os surdos e cegos. Os indivíduos que são surdos-cegos muitas vezes se comunicam com a linguagem gestual, mas devem ser capazes de perceber os sinais que a outra pessoa está fazendo, essencialmente através da exploração das mãos enquanto a outra pessoa conversar. Ao acessar o conteúdo da web, eles geralmente utilizam Browser em Braille, dispositivos que lhes permitem o acesso de todos os conteúdos textuais da página web, incluindo texto alternativo para imagens.


 Causas da perda da Audição


A maior parte surdez ocorre nos primeiros anos de vida, a maioria das vezes é genético ou com causas perinatais. A surdez também pode ocorrer como resultado de infecções do ouvido médio (otite média), que são mais comuns em crianças. Também é possível adquirir surdez com o decorrer da vida, por doenças ou lesões traumáticas. Como adicional a perda auditiva é parte comum do processo de envelhecimento, especialmente em homens.

Aqui temos outros Web sites com informações sobre as causas da surdez (links abertos em uma nova janela):

CULTURA DOS SURDOS

Cultura dos Surdos - Deficiência auditiva

O artigo a seguir é uma tradução do idioma Inglês: WebAIM - Auditory Disabilities - Deaf Culture.

A Surdez como uma Cultura


Surdez é mais do que uma condição médica. Para os indivíduos que são surdos, a surdes não é apenas ter "ouvidos doentes". Eles pertencem a uma comunidade, uma cultura. Neste sentido, a surdez é única entre os tipos de deficiência. O sentido da cultura é mais forte entre aqueles que a linguagem gestual é o seu idioma principal. É este vínculo linguístico, talvez mais do que outros fatores, que liga os membros desta comunidade. Em muitos aspectos, o caráter social da cultura surda pode ser comparado à da cultura Afro-americana. Da mesma forma que existe um forte sentimento de orgulho entre os Afro-americanos em respeito ao seu patrimônio cultural e da sociedade, existe um sentimento de orgulho entre os surdos, e eles gozam do estatuto de minoria cultural e linguística. Surdez é muito mais do que um fenômeno fisiológico. É um modo de vida. Nas últimas décadas, a linguagem tem desempenhado um papel cada vez mais centralizador na unificação cultural da comunidade surda.

Linguagem dos Sinais e "Leitura Labial"


No entanto, existem pessoas surdas que não utilizam a linguagem dos sinais. Essas pessoas geralmente têm sido levantadas a seguirem a tradição oral, o que significa que eles foram educados e ensinados a se expressar vocalicamente, e também para "ler os lábios" dos outros. Esta tradição era mais comum durante a maior parte do século 20. Foi então na década de 1970 que os educadores começaram a abordagem desta questão mais a sério, e para incentivar o uso da linguagem gestual como principal meio de comunicação. O caso de se considerar a linguagem gestual como uma língua própria nem sequer foi reconhecida para a maior parte das pessoas, incluindo muitos dos surdos que se utilizam dela. A Linguagem gestual foi durante muito tempo considerado como um sistema de gestos que não cumpriam a completa funcionalidade de uma verdadeira Língua. Estudos mais recentes, porém, têm confirmado que a linguagem gestual tem uma complexa estrutura de sintaxe e gramática como no caso das verdadeiras linguagens, e também ativa os mesmos neurônios da região do tecido cerebral responsável pelas atividades que fazem parte das atividades com outros idiomas.

Os resultados destas constatações deram origem a uma aquecida controvérsia entre os defensores da tradição oral e os defensores da linguagem gestual. Os que estão a favor da tradição oral dizem visar e encorajar as pessoas surdas a serem parte do conjunto da sociedade. O pressuposto é que a pessoas surda será mais aceitável e acessível às pessoas que não são surdas se o surdo pode proceder "normalmente" em uma conversa. Até certo ponto é verdade, mas a maior desvantagem desta abordagem é que a leitura labial é uma arte inexata, que incluem intuição e adivinhação. Leitores de Lábios são capazes de compreender cerca de 40 a 60% do que os outros dizem, e devem preencher os espaços "em branco" do resto da conversa, isto até mesmo depois de muitos anos de formação e prática.

Como os primeiros métodos sugeridos para fazer conteúdo de áudio da web acessível aos surdos, alguns desenvolvedores pensaram que o melhor meio seria fazer uma versão da linguagem gestual para o conteúdo de áudio. Mas existem alguns problemas com esta opção:

Importante

  • Nem todas as pessoas surdas falam a linguagem de sinais.
  • A imagem do Vídeo na Web muitas vezes não é suficientemente grande ou com imagens claras para tornar a linguagem escrita compreensível.
  • Nem todo mundo fala a mesma linguagem gestual.

O último ponto a ser considerado, é que existem tantas linguagens gestuais como existem línguas faladas. Nos Estados Unidos, por exemplo, o mais comum é a linguagem gestual American Sign Language, ou ASL. Na Grã-Bretanha, a British Sign Language, ou BSL, que é a mais comum. Na Austrália, Australian Sign Language, ou Auslan, é a mais comum. Inglês Sinalizado é uma outra variação, embora seja menos de um full-featured da língua e tradução de uma das mais faladas no Inglês em um sistema de sinais.

Quando olhamos para outras regiões fora da França, como a Suécia, América do Sul, e na Ásia, as diferenças são ainda mais acentuadas. As linguagens de sinais asiáticas não possuem quase nada em comum com a linguagem de sinais dos americanos ou europeus, e não possuem uma raiz linguística comum. Tem havido algumas tentativas de fazer uma versão internacional da linguagem gestual, conhecido como Gestuno, mas a comissão de desenvolvido deste sistema de linguagem de sinais são inferiores às dos países mais ricos do mundo e tem sido vista apenas com uso limitado.

Agora, o fato de que existem muitas diferentes linguagens gestuais em todo o mundo não é realmente uma questão de deficiência ao acesso tanto quanto se trata de uma questão de internacionalização, mas o fato de que existem grandes diferenças entre as linguagens gestuais das pessoas que podem ler o mesma linguagem falada (por exemplo Inglês) é muito mais uma questão de deficiência ao acesso. A característica comum entre aqueles que falam ASL, BSL, e Auslan não é a linguagem gestual, que é o Inglês mesmo quando você toma em consideração as diferenças regionais de ortografia e algumas palavras vocabulário.

A forma de tornar acessível os conteúdos de áudio para os que são surdos é fornecer legendas ou transcrições.

 

RELACIONAMENTO PROFESSOR X ALUNO DEFICIENTE AUDITIVO


Relacionamento professor X aluno deficiente auditivo

Pedrinelli & Teixeira (1994) descrevem alguns pontos que devem ser observados quando em uma aula na qual haja deficientes auditivos:

- Enxergar a criança mais do que a deficiência;

- Considerar as limitações, mas enfatizar as capacidades;

- Estar informado sobre a etiologia, local e gravidade da lesão;

- Procurar ajuda da família ou mesmo de outros profissionais envolvidos com a criança, se for necessário esclarecer algumas dúvidas;

- Manter-se frente ao aluno quando estiver falando;

- Usar todos os recursos possíveis para comunicar-se procurando certificar-se de que o aluno compreendeu a mensagem;

- Não mudar constantemente as regras de uma determinada atividade;

- Não articular exageradamente as palavras;

- Substituir as pistas sonoras por visuais, se necessário.

Exemplo de atividade Ritmica:

- Objetivos da atividade:

Desenvolver noções de ritmo e coordenação motora global;

- Objetivos do grupo:

Demonstrar a utilização da linguagem gestual, de sinais (libras) e cores para a comunicação com os alunos deficientes auditivos;

Posicionamento do professor perante a classe.

- Descrição da atividade:

No primeiro momento, os alunos estarão dispostos em círculo e, parados, deverão bater bola no ritmo estipulado pelo professor;

Num segundo momento, os alunos deverão andar em círculo em volta do professor, batendo a bola de acordo com o ritmo do próprio andar;

Num terceiro momento, os alunos deverão observar as cores e os números indicados pelo professor para formarem grupos durante a execução da atividade.

· Bola vermelha – Pare !

· Bola amarela – Ande !

· Bola verde – Corra !

Exemplo: se o professor levantar a bola amarela e fizer o número 2, os alunos deverão andar em duplas.

- Estratégias:

Estilo de ensino: tarefa.

Organização da turma: em círculo, formando grupos de acordo com as ordens do professor.

Estratégia de comunicação: leitura labial, gestos, libras e cores.

No filme "Filhos do Silêncio", o professor tenta ensinar seus alunos deficientes auditivos a falar.



                                         http://www.luzimarteixeira.com.br/2010/04/3865/

DEFICIÊNCIA VISUAL

Deficiência Visual
Visão
A visão é um dos sentidos que nos ajuda a compreender o mundo à nossa volta, ao mesmo tempo que nos dá significado para os objectos, conceitos e ideias.
A comunicação por meio de imagens e elementos visuais relacionados é denominada "comunicação visual". Os humanos empregam-na desde o amanhecer dos tempos. Na realidade, ela é predadora de todas as linguagens escritas.


Deficiência Visual
Deficiência visual é a perda ou redução da capacidade visual em ambos os olhos, com carácter definitivo, não sendo susceptível de ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico.
De entre os deficientes visuais, podemos ainda distinguir os portadores de cegueira e os de visão subnormal.


Causas da Deficiência Visual
• Congénitas: amaurose congénita de Leber, malformações oculares, glaucoma congénito, catarata congénita.
• Adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.


Como identificar?
• Desvio de um dos olhos;
• Não seguimento visual de objectos;
• Não reconhecimento visual de pessoas ou objectos;
• Baixo aproveitamento escolar;
• Atraso de desenvolvimento.


Sinais de alerta
• Olhos vermelhos, inflamados ou lacrimejantes;
• Pálpebras inchadas ou com pus nas pestanas;
• Esfregar os olhos com frequência;
• Fechar ou tapar um dos olhos, sacode a cabeça ou estende-a para a frente;
• Segura os objectos muito perto dos olhos;
• Inclina a cabeça para a frente ou para trás, pisca ou semicerra os olhos para ver os objetos que estão longe ou perto;
• Quando deixa cair objectos pequenos, precisa de tactear para os encontrar;
• Cansa-se facilmente ou distrai-se ao aplicar a vista muito tempo.


Consequências da Baixa Visão
Percepção Turva
• Os contrastes são poucos perceptíveis;
• As distâncias são mal apreciadas;
• Existe uma má percepção do relevo;
• As cores são atenuadas.

Escotoma Central e Visão Periférica
• Funciona apenas a retina periférica, que não é tão
discriminativa, pelo que pode ser necessária a ampliação
da letra para efeitos de leitura;
• É em geral impeditiva das atividades realizadas com proximidade dos restantes elementos, bem como da leitura;
• Apresenta acuidade visual baixa (cerca de 1/10).

Visão Tubular
• A retina central funciona, podendo a acuidade visual ser normal;
• A visão noturna é reduzida, pois depende funcionalmente da retina periférica;
• Podendo não limitar a leitura, é muito limitativa das atividades de autonomia.


Patologias que conduzem à baixa visão
Atrofia do Nervo Óptico:
• Degenerescência das fibras do nervo óptico. Se for total, não há percepção luminosa.

Alta miopia:
• Baseia-se num defeito de refracção elevado (> a 6 dioptrias), que frequentemente é hereditário, associado a outros aspectos degenerativos. O risco do deslocamento da retina é elevado, nesse caso, devem ser tomadas precauções necessárias.

Cataratas Congénitas:
• Perda de transparência do cristalino, originando perturbações na diminuição da acuidade visual. A visão periférica também está normalmente afectada, daí existir uma grande dependência na funcionalidade e na autonomia.

Degeneração macular:
• Situa-se, na zona central da retina, mácula, e constitui uma das causas mais frequentes de dependência visual ligada à idade. Outras patologias surgem em escalões etários mais jovens (ex.: queimadura da mácula – eclipse solar). A visão periférica não sofre alterações pelo que não há problemas na mobilidade. A visão central é afectada por escotomas que podem progredir.

Glaucoma:
• É uma patologia do olho em que a pressão intra-ocular é elevada por produção excessiva ou deficiência na drenagem do humor aquoso.
• O glaucoma agudo é mais raro, doloroso e normalmente implica intervenção cirúrgica no seu tratamento.

Outras Retinopatias
• Degenerescência da retina que poder ser hereditária ou não. Envolve perda de visão e consequentes problemas na mobilidade, ficando a pessoa com visão tubular.

Síndroma USHER
• Associa a retinopatia pigmentar à patologia auditiva, afetando simultaneamente a visão e a audição.

Doença de Stargardt
• Consiste em diversos escotomas do centro para a periferia da retina, mantendo-se quase sempre um ilhéu central de visão.

 


O aluno deficiente visual…
Características da Criança Deficiente Visual
- A criança deficiente visual é aquela que difere da média, a tal ponto que irá necessitar de professores especializados, adaptações curriculares e ou materiais adicionais de ensino, para ajudá-la a atingir um nível de desenvolvimento proporcional às suas capacidades;
•Os alunos com deficiência visual não constituem um grupo homogéneo;
• Os portadores de deficiência visual apresentam uma variação de perdas que se poderão manifestar em diferentes graus de acuidade visual;
 
http://psico09.blogspot.com.br/2011/07/deficiencia-visual.html

BAIXA VISÃO

               DICAS E SUGESTÕES – BAIXA VISÃO


- Ensine a criança e o jovem sobre sua deficiência e sobre o que eles podem ver ou não poder ver bem (muitas crianças não têm consciência disso).

- Os alunos com baixa visão deverão trabalhar olhando para os objetos e para as pessoas (algumas crianças apresentam comportamento de cegos, olham para o vazio. Peça para que “olhe” o objeto ou pessoa em questão).

- Ajude-o a desenvolver comportamentos e habilidades para participar de brincadeiras e recreações junto com os colegas, facilitando o processo de socialização e inclusão.

- Oriente o uso de contraste claro e escuro entre os objetos e seu fundo.

- Estimule o aluno a olhar para aspectos como cor, forma e encoraje-o a tocar nos objetos enquanto olha.

- Lembre-se que o uso prolongado da baixa visão pode causar fadiga.

- Seja realista nas expectativas do desempenho visual do estudante, encorajando-o sempre ao progresso.

- Encoraje a coordenação de movimentos com a visão, principalmente das mãos.

- Oriente o estudante a procurar recursos como o computador pois, ele se cansará menos e aumentará sua independência.· Pense nos estudantes com baixa visão como pessoas que vêem.

- Use as palavras “olhe” e “veja” livremente.

- Esteja ciente da diferença entre nunca ter tido boa visão e tê-la perdido após algum tempo.

- Compreenda que o sentido da visão funciona melhor em conjunto com os outros sentidos.

- Aprenda a ignorar os comentários negativos sobre as pessoas com baixa visão.· Dê-lhe tempo para olhar os livros e revistas, chamando a atenção para os objetos familiares. Peça-lhes para descrever o que vê.

- Torne o “olhar” e “ver” uma situação agradável, sem pressionar.

IMPORTANTE: Deve-se evitar fazer tudo pela criança com baixa visão para que ela não se canse ou se machuque. Ela deve ser responsável pelas próprias ações.

 


NÃO ÓPTICOS PARA BAIXA VISÃO

Os recursos não ópticos são aqueles que melhoram a função visual sem o auxílio de lentes ou promovem a melhoria das condições ambientais ou posturais para a realização das tarefas (podem ser efetuados pelo professor). Os meios para que se consiga esta melhora são:

- Trazer o objeto mais próximo do olho, o que aumenta o tamanho da imagem percebida (ou seja, deixe a criança aproximar o objeto do rosto ou aproximar-se para observar algo, como por exemplo, a lousa ou a TV);

- Aumentar o tamanho do objeto para que ele seja percebido.

CARACTERÍSTICAS DE MATERIAL IMPRESSO PARA BAIXA VISÃO

- Desenhos sem muitos detalhes (muitos detalhes confundem);

- Uso de maiúsculas;

- Usar o tipo (letra) Arial;

- Tamanho de letra em torno de 20 a 24 (ou seja, ampliada);

- Usar entrelinhas e espaços;

- Cor do papel e tinta (contraste).

FORMAS DE AMPLIAÇÃO

- Fotocopiadora;

- Computador;

- Ampliação à mão: é a mais utilizada e deve seguir requisitos como tamanho, espaços regulares, contraste, clareza e uniformidade dos caracteres.

 

MATERIAIS

- Lápis 6B e/ou caneta hidrográfica preta;

- Cadernos com pautas ampliadas ou reforçadas;

- Suporte para livros;

- Guia para leitura;

- Luminária com braços ajustáveis.

OUTRAS DICAS INPORTANTES

   Nos CAPES pode ser encontrado o caderno com pauta ampliada (mais larga) para alunos com baixa visão; mas também pode ser confeccionado utilizando o próprio caderno do aluno riscando com uma caneta hidrocor preta uma linha sim, outra não. Como normalmente os cadernos encontrados hoje em dia as linhas são claras, não haverá problema pois, normalmente o aluno não consegue enxergar as linhas mais clara somente as mais escuras e ele poderá escrever no espaço entre elas (no caso utilizando 2 linhas).

   Para alguns alunos é necessário um espaço maior entre as linhas; como não encontramos este tipo de caderno no mercado pode-se encadernar um maço de sulfite, colocar uma capa e traçar as linhas, folha por folha (com lápis 6B) de acordo com a necessidade do aluno. As mães costumam colaborar quando orientadas neste sentido.

   Caso o aluno apresente além da baixa visão, uma dificuldade motora, pode-se utilizar de letras móveis em papel para que o aluno cole as letras, formando palavras, ao invés de escrever.

   Para evitar o cansaço de estar constantemente com o rosto sobre o caderno, pode-se utilizar um suporte para leitura encontrado em casas que trabalham com artigos para deficientes visuais. Pode ainda ser confeccionado ou ser utilizados livros, como suporte, embaixo do caderno para que este possa ficar mais elevado.

   O professor pode ainda confeccionar uma grade para facilitar a escrita do aluno com baixa visão. Pode ser utilizado uma lâmina de radiografia, como na foto, do tamanho da folha do caderno e com a mesma medida das linhas ou ainda em papel cartão com cores que contrastem com o fundo branco da folha do caderno. Para a leitura pode ser confeccionado no mesmo modelo, uma guia para leitura utilizando-se somente uma linha vazada e à medida que o aluno vai lendo a guia vai sendo deslocada para a linha de baixo, o que evita que ele se perca durante a leitura.

   O professor também pode se utilizar dos encartes que contém figuras grandes para trabalhar com o aluno com baixa visão para reconhecimento dos produtos e palavras conhecidas bem como com rótulos de embalagens que são utilizados em seu dia-a-dia. A medida que ele vai aprendendo a ver começará a identificar figuras cada vez menores. O aluno pode recortar o produto que identificou visualmente e nomeá-lo. Posteriormente pode colocar as figuras em ordem alfabética criando um livrinho.

   Pode-se ainda trabalhar com jogos pedagógicos.

IMPORTANTE: Ensine a criança e o jovem sobre sua deficiência e sobre o que eles podem ver ou não poder ver bem (muitas crianças não têm consciência disso). O professor deverá identificar o tamanho de letra que a criança consegue enxergar para realizar as atividades, caso contrário não se sentirá motivado a realizar as tarefas. O professor deve estar atento pois este pode ser um dos motivos pela falta de interesse e indisciplina do aluno. Se perceber que o aluno apresenta dificuldade em enxergar peça aos pais para que leve-o ao oftalmologista.

DEFICIÊNCIA VISUAL



Como trabalhar com alunos com Deficiência Visual?



Material específico

A escola deve solicitar à mantenedora o material didático necessário — regletes (régua para escrever em braille) e soroban —, além da presença de um profissional para ensinar a criança cega, os colegas e os professores a ler e escrever em braille. O deficiente deve contar com tratamento oftalmológico e receber, na rede ou em instituições especializadas, instruções sobre mobilidade e locomoção nas ruas. Deve também conhecer e aprender a utilizar ferramentas de comunicação, como sintetizadores de voz que possibilitam ao cego escrever e ler via computador. Em termos de acessibilidade, o ideal é colocar cercados no chão, abaixo dos extintores de incêndio, e instalar corrimão nas escadas.
 

Dicas:
1- Pergunte ao aluno e à família quais são as possibilidades e necessidades dele.
2- A melhor maneira de guiar o cego é oferecer-lhe o braço flexionado, de forma que ele possa segurá-lo pelo cotovelo.
3- Descreva os ambientes com detalhes e não mude os móveis de lugar com freqüência. Os recursos didáticos aconselhados são: lupa, livro falado e materiais desportivos como bola de guizo.
4- Busque na turma colegas dispostos a ajudá-lo.
5- Substitua explicações com gestos por atividades em que o deficiente se movimente. Por exemplo: forme uma roda com a criançada para explicar o movimento de translação da Terra.

 
 

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